“Poker Face” season 1

Crime, Drama, Mistério

Criado por: Rian Johnson

Realização: Rian Johnson, Iain B. MacDonald…

Argumento: Wyatt Cain, Charlie Peppers…

Elenco: Natasha Lyonne, Benjamin Bratt, Simon Helberg…

Episódios: 10

Charlie é uma jovem mulher que tem uma habilidade excepcional: sabe quando é que uma pessoa está a mentir. Fazendo uso deste seu poder fora do normal, Charlie aplica-o para resolver crimes, ainda que diga a quem se cruza no seu caminho que não existe nada de místico. Ela apenas consegue dizer se alguém está a mentir ou não. Mas quando alguém procura usar a sua habilidade para fins nefastos, Charlie entra em fuga, resolvendo no entanto alguns crimes pelo caminho.

Depois do sucesso do filme “Glass Onion”, agora o público tem a oportunidade de apreciar o talento de Rian Johnson agora numa série de televisão no género que tanto ele aprecia e é um dos melhores da atualidade.

O argumento da série tem uma premissa relativamente simples: Charlie tem um dom especial que faz com que tenha de fugir da cidade para salvar a vida. Durante essa fuga, Charlie viaja por vários sítios dos EUA e quase que é arrastada para a resolução de homicídios que acontecem sempre quando ela está por perto. Por isso, todas as semanas o episódio começa com um homicídio visto pela perspectiva da vítima/assassino e apenas depois vê-se o caso pela perspectiva de Charlie. Esta fórmula episódica resulta de forma perfeita para o conceito da série pois, nunca aborrece e há sempre algo diferente na história. Rian Johnson mais uma vez mostra o seu talento para a construção de histórias de crime e mistério, com um argumento inteligentemente escrito e sem se levar muito a sério.

A série não seria a mesma também sem a protagonista Natasha Lyonne que interpreta de forma carismática e magnética Charlie Cale. Já grande parte do restante elenco é composto por actores/atrizes convidados/as que aparecem em apenas um episódio. Desde Hong Chau, Joseph Gordon-Levitt, Nick Nolte ou Adrien Brody, é inegável o talento que trouxe algo mais á série.

Em suma, “Poker Face” é uma série que conjuga de forma perfeita o mistério, o crime e até alguma comédia. Uma série bem estruturada composta por um elenco talentoso que já é uma das melhores séries do ano.

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“Babylon” 2023

Comédia, Drama, História

Realização: Damien Chazelle

Argumento: Damien Chazelle

Elenco: Brad Pitt, Margot Robbie, Jean Smart…

Nos últimos anos da década de 1920, início dos anos de ouro de Hollywood, quando os EUA recuperavam da Grande Depressão, a Sétima Arte sofreu uma grande transformação: a passagem do cinema mudo ao sonoro. Nellie LaRoy é um actor consagrado que consegue fazer essa transição com bastante sucesso. Mas, infelizmente, há muitas estrelas que se tornam dispensáveis, vendo as suas carreiras terminarem abruptamente e dando espaço a uma nova geração de actores. 

Neste filme, acompanhamos a vida de Manuel, um jovem imigrante, disposto a fazer tudo para concretizar o sonho de trabalhar em cinema. É uma altura fascinante para o cinema, onde as estrelas da década eram reconhecidas como super estrelas máximas. Entre elas está Jack Conrad, um dos grandes e mais reconhecidos actores dos filmes mudos. Também conhecemos Nellie LaRoy, uma rapariga que com a sua abordagem de “fingir a fama até atingir a fama”, faz com que ela se torne na mais recente sensação. Contudo, tudo muda quando o cinema sofre uma grande mudança, do mudo para os chamados talkies, os cinemas com diálogos gravado.

O argumento segue as jornadas de várias personagens, cada uma com a sua personalidade, sonhos e também falhanços. Um dos pontos mais interessantes deste argumento é mesmo o facto de retratar a época da mudança para os talkies e a decadência do cinema mudo e as consequências que daí advieram para a indústria e os profissionais da mesma. Outro é o facto de mostrar os bastidores da indústria do cinema da época: o lado glamoroso, e o lado mais negro também. Apesar de Damien Chazelle ter como objectivo fazer como um género de carta de amor ao cinema, o que é certo é que foi longe demais. Ao em vez de se focar no mais interessante e apelativo do argumento, o contexto da época e a jornada das personagens, perde-se no exagero e no caótico. O argumento carece de um equilíbrio entre a ação e a emoção, pois quando estica demasiado e as cenas vão demasiado longe, quase que roça a caricatura. Algumas cenas parecem algo gratuitas para apenas chocar. Como o argumento perde o foco várias vezes, isso reflete-se no tempo de duração do filme. 3 horas de filme para o tipo de história apresentada foi demais, mesmo com tanto caos e exageros, notou-se bem o tempo a passar.

O destaque deste filme é entregue á banda sonora de Justin Hurwitz, que cria composições musicais que ficam no ouvido. Também uma boa Direcção de Fotografia de Linus Sandgren e ainda melhor Design de Produção, assinado pela dupla Florencia Martin e Anthony Carlino. Já o elenco também não desiludiu, de salientar Brad Pitt e Margott Robbie.

“Babylon” é, na minha opinião, o pior filme de Damien Chazelle. Apesar de ter uma premissa de base interessante e um bom elenco para dar vida á história, Chazelle preferiu perder-se no extravagante e no mau gosto até. O que vale ao filme, é também a componente técnica que tornou o filme mais fácil de se ver. Mas, no fim de contas, não deixa de ser um filme esquecível.

Classificação – 3,5 em 5 estrelas

Óscares 2023 (vencedores)

Melhor filme
Everything Everywhere All at Once (vencedor)

Melhor ator
Brendan Fraser, The Whale (vencedor)

Melhor atriz
Michelle Yeoh, Everything Everywhere All at Once (vencedor)

Melhor ator num papel secundário
Ke Huy Quan – Everything Everywhere All at Once (vencedor)

Melhor atriz num papel secundário
Jamie Lee Curtis – Everything Everywhere All at Once (vencedor)

Melhor realizador
Daniel Kwan with Daniel Scheinert, Everything Everywhere All at Once (vencedor)

Melhor canção original
Naatu Naatu, Kaala Bhairava and Rahul Sipligunj (RRR) (vencedor)

Melhor banda sonora original
All Quiet on the Western Front (vencedor)

Melhor maquiagem e corte de cabelo
The Whale (vencedor)

Melhor design de fatos
Black Panther: Wakanda Forever (vencedor)

Melhor cinematografia
All Quiet on the Western Front (vencedor)

Melhor guião original
Everything Everywhere All at Once (vencedor)

Melhor guião adaptado
Women Talking (vencedor)

Melhor som
Top Gun: Maverick (vencedor)

Melhor edição
Everything Everywhere All at Once (vencedor)

Melhor produção de design
All Quiet on the Western Front (vencedor)

Melhores efeitos visuais
Avatar: The Way of Water (vencedor)

Melhor filme internacional
All Quiet on the Western Front (vencedor)

Melhor animação
Guillermo del Toro’s Pinocchio – Guillermo del Toro, Mark Gustafson, Gary Ungar and Alex Bulkley (vencedor)

Melhor documentário
Navalny (vencedor)

Melhor curta
An Irish Goodbye (vencedor)

Melhor curta documentário
The Elephant Whisperers (vencedor)

Melhor curta animada
The Boy, the Mole, the Fox and the Horse (vencedor)

“Vikings: Valhalla” season 2

Ação, Aventura, Drama

Criado por: Jeb Stuart

Realização: Hannah Quinn, David Frazee…

Argumento: Vanessa Alexander, Declan Croghan…

Elenco: Sam Corlett, Leo Suter, Frida Gustavsson…

Perseguidos e em fuga, os lendários heróis vikings são forçados a testar as suas ambições e coragem em mundos além da Escandinávia. Inimigos novos e antigos aguardam Freydis, Leif e Harald nos confins do mundo. Mais uma vez, a busca pelo poder e novos lugares para conquistar é incessante.

A nova temporada começa logo após os eventos da 1ª temporada. Depois de Kattegat ser tomada pelo Rei Forkbeard, a cidade deixa de ser segura para Harald, Freydis e Leif. Freydis opta por ir viver numa comunidade que ainda adopta os costumes antigos. Enquanto isso, Harald conta com a ajuda de Leif na demanda de se tornar rei da Noruega. Já em Londres, a Rainha Emma vê-se envolvida em intrigas que envolvem Godwin.

O argumento desta 2ª temporada não é tão equilibrado como o da 1ª temporada. A decisão de dividir basicamente este argumento em três arcos não ajudou e alguns arcos não são tão interessantes. Dos pontos mais interessantes do argumento continua a ser a rivalidade dentro do povo vikings entre aqueles que seguem os costumes antigos e aqueles que se converteram ao cristianismo. Daí o arco de Freydis ser dos mais interessantes. No que diz respeito a Harald, o arco dele permitiu conhecer personagens de outros credos e novos lugares. O arco que resultou menos bem foi, sem dúvida, o de Londres. A Rainha Emma é uma personagem interessante e poderosa, mas que nesta temporada se ficou pela obsessão e não fez muito mais. Aliás, o plano de Godwin depois de conhecido chega a ser frustrante. O que também prejudicou foi o facto do Rei Canute quase não ter aparecido nesta temporada, logo ele que tinha sido uma das personagens mais interessantes da 1ª temporada. Também se nota um certo distanciamento em termo de referências á série original de “Vikings”.

Por outro lado, há que realçar também o design de produção que transporta o público para aquele tempo e espaço em específico. E, também as sequências de ação, batalhas e coreografias de ação são de qualidade.

No geral, o argumento desta temporada perdeu ao tentar balancear tantos arcos ao mesmo tempo. Contudo, esta série não deixa de ser entretenimento garantido com ação e bons momentos de certas personagens á mistura.

“All Quiet on the Western Front” 2023

Ação, Drama, Guerra

Realização: Edward Berger

Argumento: Edward Berger…

Elenco: Felix Kammerer, Albrecht Schuch, Aaron Hilmer…

Realizado por Edward Berger. “All Quiet on the Western Front” merece ser visto no maior ecrã pois é, sem dúvida, um dos melhores filmes de 2022. Apesar de não ser a primeira adaptação ao cinema desta história, este será sem dúvida uma das melhores.

O argumento redigido por Berger, Lesley Paterson e Ian Stokell aborda os últimos anos da 1ª Guerra Mundial, seguindo um soldado alemão, Paul Bäumer que está entusiasmado por se juntar ao exército do país com os seus amigos na esperança de se tornarem heróis. Contudo, esse entusiamo depressa desaparece quando eles se deparam com os horrores da guerra na primeira pessoa. O argumento demonstra bem a crueldade, impiedade e brutalidade da guerra no geral, mas também explora os diferentes métodos de cada soldado lidar com a guerra. E, também não deixa de parte a dimensão política do conflito. O argumento consegue passar uma mensagem anti-guerra ao retratar de forma violenta e dramática a realidade da guerra. Tal como a hipocrisia dos políticos e das altas patentes do exército. O único ponto negativo do filme prende-se com a duração do mesmo quando transita do cenário de guerra para o cenário político.

Tecnicamente, o filme é perfeito. A cinematografia destaca-se primeiramente, ao contribuir para a qualidade da realização. Desde o design de produção, aos efeitos, ao guarda-roupa e maquilhagem, todos os departamentos contribuíram para o realismo do filme.

“All Quiet on the Western Front” é um drama de guerra emocionalmente poderoso que retrata a 1ª Guerra Mundial de forma real, dura e fria que não deixará ninguém indiferente. O filme serve ainda como forma de reflexão quando comparado com o que está a acontecer actualmente. Sem dúvida, um dos melhores filmes do género nos últimos anos.

Classificação – 4,5 em 5 estrelas

“The Banshees of Inisherin” 2023

Comédia, Drama

Realização: Martin McDonagh

Argumento: Martin McDonagh

Elenco: Colin Farrell, Brendan Gleeson, Kerry Condon…

Passado nos anos de 1920, numa ilha remota ao largo da costa ocidental da Irlanda, “Os Espíritos de Inisherin” acompanha dois amigos de longa data, Pádraic e Colm a partir do momento em que Colm põe inesperadamente fim à amizade. Um Pádraic atordoado, tenta reparar a relação com o auxílio da irmã, Siobhán, e do jovem Dominic. Mas os esforços repetidos de Pádraic apenas reforçam a determinação do seu antigo amigo e quando Colm lança um desesperado ultimato, os acontecimentos depressa assumem maior gravidade com alarmantes consequências.

Depois do sucesso de “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, Martin McDonagh volta com a surpreender com este filme repleto de significados e mensagens subliminares. O argumento acompanha dois amigos que se encontram num impasse quando Colm, inesperadamente, põe fim à amizade deles. Colm explica que a amizade entre os dois já não lhe acrescenta nada e que prefere se focar na música. Contudo,  Pádraic não compreende e insiste em manter o laço, o que trará consequências para os dois.

O argumento parece algo simples, mas não é, pois na base está algo que é naturalmente complicado: as relações humanas. E, relações essas muitas vezes sujeitas ao escrutínio dos restantes habitantes do local. McDonagh imprime um ritmo bastante própria á história, por isso não é para quem goste de filmes objetivos e concisos. O enredo é complexo e cria metáforas e alegorias entre a relação dos dois amigos e a Guerra Civil Irlandesa.

No que diz respeito ao elenco, Colin Farrell e Brendan Gleeson tem uma química inegável no ecrã. E os restantes actores secundários, ajudam na criação desta história, dando vários pontos de vista sobre o término da relação entre os dois amigos.

Um dos dramas mais hilariantes do ano. Com interpretações fantásticas do duo de actores, á primeira vista parece um conto simples sobre amizade, mas é bem mais que isso, é sobre dor e sobre a fatalidade da rotina diária. Um dos melhores filmes do ano, e o meu preferido para a noite dos óscares.

Classificação – 4,5 em 5 estrelas

“Guillermo Del Toro’s Pinocchio” 2022

Animação, Drama

Realização: Guillermo Del Toro

Argumento: Guillermo del Toro, Patrick McHale

Elenco: Ewan McGregor, David Bradley, Gregory Mann…

O realizador vencedor do ÓSCAR® Guillermo del Toro, e a lenda do stop-motion Mark Gustafson, reimaginam o conto clássico de Carlo Collodi do menino de madeira, numa aventura encantada que transcende mundos e revela o poder do amor.

Esta nova adaptação era esperada com alguma curiosidade. O que Guillermo Del Toro poderia trazer de novo a este conto? Ora, o realizador não desiludiu.

O argumento abordou de forma realista e macabra esta história já tão conhecida, e combinou eficazmente o drama, a comédia e a música. Sem dúvida, que se destaca de todas as adaptações ao abordar complexamente temas como a morte, o luto ou o fascismo, o que lhe conferiu um grau de complexidade diferente. Em termos técnicos, o filme é uma conquista impressionante em animação stop-motion, tal como na interpretação do elenco.

Guillermo Del Toro imprime a sua assinatura sombria neste conto de fadas com uma animação exímia e canções cativantes. Sem dúvida, ninguém ficará indiferente a este filme que emociona do início ao fim.

Classificação – 5 em 5 estrelas

“The Fabelmans” 2022

Drama

Realizador: Steven Spielberg

Argumento: Steven SpielbergTony Kushner

Elenco: Michelle WilliamsGabriel LaBellePaul Dano

Este drama de cariz autobiográfico inspira-se na infância e adolescência do próprio realizador. A história tem início nos EUA, no início da década de 1950, quando Sammy Fabelman, um miúdo proveniente de uma família de classe média, começa a usar a câmara 8mm do pai para filmar tudo o que acontece à sua volta. O modo como absorve a realidade através das lentes da sua câmara, assim como a sensibilidade que demonstra na montagem dos filmes, vão fazer dele um grande contador de histórias.

O argumento de Steven Spielberg é essencialmente biográfico, e por isso este filme é o seu filme mais pessoal á data, como uma carta nostálgica á sua infância/adolescência. Contudo, não deixa de ser uma história algo universal quando aborda temas relacionados com a dinâmica familiar, aspirações individuais ou com as relações na escola. Sem dúvida, que o argumento é bem escrito, do qual se destaca as cenas iniciais e finais, alturas que definiram Steven Spielberg. Tecnicamente, o filme é de qualidade. Talvez os pontos mais fracos do filme se relacionem com a falha do argumento se prender demais na dinâmica familiar em cenad demasiado longas, e na interpretação algo exagerada de Michelle Williams. Mas, é sem dúvida, um dos melhores filmes de 2022.

Classificação – 4 em 5 estrelas

Óscares 2023 (nomeações)

Melhor Filme

“All Quiet on the Western Front”
“Avatar: The Way of Water”
“The Banshees of Inisherin”
“Elvis”
“Everything Everywhere All at Once”
“The Fabelmans”
“TÁR”
“Top Gun: Maverick”
“Triangle of Sadness”
“Women Talking”

Melhor Realização

Martin McDonagh, “The Banshees of Inisherin”
The Daniels, “Everything Everywhere All at Once”
Steven Spielberg, “The Fabelmans”
Todd Field, “TÁR”
Ruben Östlund, “Triangle of Sadness”

Melhor Ator

Austin Butler, “Elvis”
Colin Farrell, “The Banshees of Inisherin”
Brendan Fraser, “The Whale”
Paul Mescal, “Aftersun”
Bill Nighy, “Living”

Melhor Atriz

Cate Blanchett, “TÁR”
Ana de Armas, “Blonde”
Andrea Riseborough, “To Leslie”
Michelle Williams, “The Fabelmans”
Michelle Yeoh, “Everything Everywhere All at Once”

Melhor Ator Secundário

Brendan Gleeson, “The Banshees of Inisherin”
Brian Tyree Henry, “Causeway”
Judd Hirsch, “The Fabelmans”
Barry Keoghan, “The Banshees of Inisherin”
Ke Huy Quan, “Everything Everywhere All at Once”

Melhor Atriz Secundária

Angela Bassett, “Black Panther: Wakanda Forever”
Hong Chau, “The Whale”
Kerry Condon, “The Banshees of Inisherin”
Jamie Lee Curtis, “Everything Everywhere All at Once”
Stephanie Hsu, “Everything Everywhere All at Once”

Melhor Argumento Original

“The Banshees of Inisherin”
“Everything Everywhere All at Once”
“The Fabelmans”
“TÁR”
“Triangle of Sadness”

Melhor Argumento Adaptado

“All Quiet on the Western Front”
“Glass Onion: A Knives Out Mystery”
“Living”
“Top Gun: Maverick”
“Women Talking”

Melhor Fotografia

“All Quiet on the Western Front”
“Bardo, False Chronicle and a Handful of Truths”
“Elvis”
“Empire of Light”
“TÁR”

Melhores Efeitos Visuais

“All Quiet on the Western Front”
“Avatar: The Way of Water”
“The Batman”
“Black Panther: Wakanda Forever”
“Top Gun: Maverick”

Melhor Filme Internacional

“All Quiet on the Western Front”
“Argentina, 1985”
“Close”
“Eo”
“The Quiet Girl”

Melhor Filme de Animação

“Guillermo del Toro”s Pinocchio”
“Marcel the Shell With Shoes On”
“Puss In Boots: The Last Wish”
“The Sea Beast”
“Turning Red”

Melhor Documentário

“All That Breathes”
“All the Beauty and the Bloodshed”
“Fire of Love”
“A House Made of Splinters”
“Navalny”

Melhor Curta-Metragem

“An Irish Goodbye”
“Ivalu”
“Le Pupille”
“Night Ride”
“The Red Suitcase”

Melhor Curta-Metragem Documental

“The Elephant Whisperers”
“Haulout”
“How Do You Measure a Year?”
“The Martha Mitchell Effect”
“Stranger at the Gate”

Melhor Guarda-Roupa

“Babylon”
“Black Panther: Wakanda Forever”
“Elvis”
“Everything Everywhere All at Once”
“Mrs. Harris Goes to Paris”

Melhor Caracterização

“All Quiet on the Western Front”
“The Batman”
“Black Panther: Wakanda Forever”
“Elvis”
“The Whale”

Melhor Canção Original

“Applause”, “Tell It Like a Woman”, música de Dianne Warren
“Hold My Hand”, “Top Gun: Maverick”, música de Lady Gaga e BloodPop
“Lift Me Up”, “Black Panther: Wakanda Forever”, música de Tems, Rihanna, Ryan Coogler e Ludwig Goransson
“Naatu Naatu”, “RRR”, música de M.M. Keeravaani e Chandrabose
“This Is a Life”, “Everything Everywhere All at Once”, música de Ryan Lott, David Byrne, Mitski e Ryan Lott

Melhor Banda Sonora Original

“All Quiet on the Western Front”
“Babylon”
“The Banshees of Inisherin”
“Everything Everywhere All at Once”
“The Fabelmans”

Melhor Curta-Metragem de Animação

“The Boy, the Mole, the Fox, and the Horse”
“The Flying Sailor”
“Ice Merchants”
“My Year of Dicks”
“An Ostrich Told Me the World Is Fake, and I Think I Believe It”

Melhor Som

“All Quiet on the Western Front”
“Avatar: The Way of Water”
“The Batman”
“Elvis”
“Top Gun: Maverick”

Melhor Cenografia

“All Quiet on the Western Front”
“Avatar: The Way of Water”
“Babylon”
“Elvis”
“The Fabelmans”

Melhor Edição de Vídeo

“The Banshees of Inisherin”
“Elvis”
“Everything Everywhere All at Once”
“TÁR”
“Top Gun: Maverick”

“Hunters” season 2

Crime, Drama, Mistério

Criado por: David Weil

Realização: Phil Abraham, Tiffany Johnson…

Argumento:David Weil, Charley Casler…

Elenco: Al Pacino, Logan Lerman, Lena Olin…

Após um acidente atrapalhar os seus planos na Europa e se separarem, os Caçadores juntam-se novamente para caçar o nazi mais infame da história – Adolf Hitler – que está escondido na América do Sul.

A 1ª season de “Hunters” não passou despercebida na tv pois era um daqueles exemplos de fição efectivamente crítica e que reconheceu o passado e o presente do nacionalismo da raça branca nos EUA. A história alternativa teve como finalidade fazer barulho e chamar a atenção, e a 2ª season não foi diferente.

O argumento foi ainda mais ambicioso, ao tornar como alvo da equipa o próprio Adolf Hitler. Mas, até se safou bem nesse aspecto, ao deixar o melhor para o fim. O argumento conseguiu manter o interesse na história e o ritmo da mesma. Os arcos das personagens foram bem construídos, e todos tiveram a sua própria jornada. Jornada essa que culminou num final mais satisfatório, no geral. O maior ponto fraco do argumento foi mesmo o arco de Meyer, que consumiu demasiado tempo, tendo em conta o seu final na 1ª temporada, e esse tempo poderia ter sido investido num maior aprofundamento de outras personagens. Por outro lado, as interpretações do elenco foram seguras, e tecnicamente a série não vacilou.

A 2ª temporada de “Hunters” é um espetáculo sangrento e ambicioso que é parte fantasia, outra thrilher, e de forma pouco subtil ainda uma exposição dos dias de hoje. Mas, que não deixa de parte a crítica e a comédia.